Falta de segurança e de infraestrutura são dois fatores já bem conhecidos pelo setor de transporte brasileiro. As falhas geram prejuízos milionários para as empresas, colocam em risco a vida de trabalhadores e deixam a população desassistida desse serviço essencial. Em 2019, o roubo de cargas somou R$ 1,4 bilhão.

Hoje, os sistemas de segurança são iniciativas privadas, um investimento dos próprios transportadores, porém, o ideal é que haja uma ação integrada com o poder público para coibir as ações criminosas. Em 12 de novembro de 2020, a CNT (Confederação Nacional do Transporte) e o Sest Senat (Serviço Social do Transporte e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte) assinaram um acordo de cooperação técnica com o Ministério da Justiça para a execução de uma política nacional de segurança pública que contribua para o enfrentamento das graves manifestações do crime organizado e da criminalidade violenta que incidem sobre a atividade do transporte de cargas e de passageiros no país.

O acordo tem como objetivo garantir a segurança pública por meio da punição severa crimes contra o setor, selando um compromisso do governo federal para favorecer a retomada pós-pandemia, já que o segmento responde por uma parcela muito grande da economia.

Entre as principais ações previstas no acordo está a realização de atividades conjuntas de educação e capacitação dos empregados do setor de transporte e logística e dos agentes públicos voltada à prevenção, fiscalização e repressão ao roubo de veículos e cargas, além do desenvolvimento do Programa de Operações Integradas de Combate ao Roubo de Cargas (Proint), instituído pelo decreto nº 8.614/2015. Também estão em pauta o apoio às iniciativas para implantação da rastreabilidade de cargas para subsidiar a atividade policial e a realização de eventos técnicos e campanhas para debater produtos e soluções inovadoras para o enfrentamento de roubo de cargas e a criminalidade violenta.