O transporte refrigerado de medicamentos é um assunto complexo e está constantemente na pauta da indústria farmacêutica e de entidades preocupadas com a segurança e a qualidade nos serviços de saúde. Isso porque a eficiência no transporte e em todo o restante da cadeia do frio é essencial para conservar os medicamentos, porém, trata-se de um processo que ainda enfrenta diversos desafios. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a estimativa é de que cerca de 50% das vacinas, um dos diversos tipos de medicamentos que exigem refrigeração adequada, cheguem deterioradas aos seus destinos por causa de alguma falha na cadeia do frio, geralmente relacionada à falta de controle da temperatura no transporte ou no armazenamento dos produtos.O resultado disso é que, quando essa deterioração é identificada, as mercadorias são descartadas, o que gera um grande prejuízo para as empresas. Pior ainda é quando os danos no princípio ativo e no produto final não são diagnosticados. Dessa forma, os medicamentos seguem para as prateleiras e são adquiridos pelo consumidor final, mas não têm a eficácia garantida.
Os desafios do transporte refrigerado de medicamentos
Vários produtos farmacêuticos exigem o controle de temperatura desde a saída dos laboratórios até a aplicação ou o consumo pelos pacientes. Alguns devem ser conservados em temperatura ambiente, enquanto outros demandam temperatura mais baixa (entre 2o e 8oC) ou até mesmo a conservação em ambientes com temperaturas negativas, que podem chegar a -25°C. A observação das especificidades e das exigências de conservação de cada produto é essencial para o transporte refrigerado de medicamentos. Caso elas não sejam atendidas, vacinas, remédios e outros fármacos podem perder suas características físico-químicas originais, o que, por sua vez, faz com que percam também sua eficiência e estabilidade. Essa condição está clara para quem atua no transporte refrigerado de medicamentos ou em outros processos que fazem parte da cadeia do frio. No entanto, diversos fatores fazem com que essa seja uma atividade complexa e onerosa para o setor. Um exemplo é a diversidade territorial no Brasil, que faz com que o controle de temperatura seja um desafio.Basta imaginar uma carga que sai do Sul do país com destino ao Nordeste ou, em um caso até mais comum, um caminhão que sai do depósito de madrugada e roda o dia todo no verão. As mudanças de temperatura podem ser bruscas nas duas situações e, dessa maneira, caso não haja um controle adequado, o risco de perda dos produtos é considerável. Outro desafio nesse sentido é a condição das estradas. Em muitos locais, a malha rodoviária deixa a desejar e causa transtornos como congestionamentos e danos nos veículos, ocasionando paradas não programadas que também podem influenciar na conservação das mercadorias. Por fim, ainda há o problema do não cumprimento das exigências para o transporte refrigerado de medicamentos. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estabelece algumas exigências para essa prática, como a obtenção pelas transportadoras da Autorização de Funcionamento de Empresa para o transporte de medicamentos comuns e da Autorização Especial para transportar remédios controlados. Além disso, as empresas devem apresentar um manual de boas práticas de transporte, conforme as diretrizes do Ministério da Saúde. Apesar dessas e de outras normas estabelecidas, os profissionais da área reclamam de uma falta de padronização relacionada às boas práticas do transporte refrigerado de medicamentos, além da ausência de uma fiscalização efetiva para combater o não cumprimento das exigências. Tudo isso acaba colocando em risco a qualidade dos produtos que saem dos laboratórios.
Como alcançar a eficiência no transporte refrigerado de medicamentos
A cadeia do frio abrange diversos agentes e, nesse sentido, é necessário que cada um desempenhe o seu papel corretamente para que os medicamentos que precisam de refrigeração cheguem ao seu destino em ótimas condições. No caso das transportadoras, além de cumprir as exigências previstas, é essencial contar com bons equipamentos e ter atenção à limpeza e à manutenção deles. Também é fundamental fazer o controle da temperatura durante todo o percurso para que possíveis problemas sejam detectados antes de gerarem perdas. É importante, ainda, seguir as boas práticas de transporte refrigerado de medicamentos relacionadas ao condicionamento correto da carga no veículo e ao atendimento a todas as especificações comunicadas pelo contratante.Para saber mais sobre as normas relacionadas à cadeia do frio, consulte o site da Anvisa. E se você precisa de eficiência em equipamentos para o transporte refrigerado de medicamentos, conte com a Frigo King! Nós estamos à disposição para tirar dúvidas e ouvir as suas necessidades. É só deixar um comentário abaixo ou entrar em contato conosco!